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2 - Noções básicas de contabilidade

2.1 - O História da Contabilidade

A história da contabilidade se inicia em tempos muito antigos da humanidade . Pesquisas arqueológicas recentes feitas na Síria, Israel e no Iraque ( antiga Mesopotâmia ) localizaram fichas de barro que possivelmente foram usadas para controle de estoque e que remontam a aproximadamente 8.000 AC. Daí se conclui que, já naqueles tempos, o homem se preocupava em ter o controle dos estoques dos seus bens.

Na pré-história, quando a inteligência humana ainda era pouco desenvolvida, o Homem de Neandertal caçava, pescava e as vezes, chegava a disputar carniça com outros animais. Com o surgimento do Homo Sapiens, homem pensante, houve uma evolução. Este também caçava e pescava, mas tinha uma enorme diferença com relação ao homem de Neandertal. O homem percebeu que poderia acumular riqueza através da criação extensiva de animais e do cultivo de cereais gerando excedentes ao seu consumo .

Surgia então a necessidade de se fazer o controle dos excedentes da produção. À medida que o homem passou a acumular riqueza e esta a se transformar em patrimônio, a contabilidade apareceu como a técnica para o controle do seu patrimônio.

2.2 - Tipos de Controles

Controle Rudimentar : o homem controlava seus estoques com pedras, ossos de animais, folhas de árvores ou desenhos. Evolução do Controle : o homem passou a utilizar fichas de barro para controlar seus estoques com sinais pictográficos.

Com o excedente em seus estoques, o homem passou a realizar trocas de mercadorias conforme as suas necessidades. Os que tinham estoques de cereais em excesso, trocavam por outras mercadorias que necessitavam, como exemplo pode-se destacar a troca por armas, por animais para criação, por peixe seco ou ainda outros tipos de cereais. Através destas trocas é que finalmente surgiu o comércio. Com isso, o comercio veio se consolidando como uma atividade mercantil e com ele, a contabilidade se fazia presente, registrando as operações e controlando as variações que estavam ocorrendo nos patrimônios das pessoas. Um detalhe deve ser destacado nesta evolução. Os registros contábeis foram evoluindo de acordo com as necessidades de controle dos registros das operações. Em outras palavras, quando mais intensificado ficou o comércio entre as pessoas, maior ficou a necessidade de os comerciantes controlarem suas operações de forma eficiente. Os registros eram feitos de forma empírica ( sem técnica ) não existindo uma uniformidade. Não havia uma preocupação em se criar normas para uniformizar tais registros. Cada comerciante registrava de acordo com o seu conhecimento e conveniência.

2.3 - A Evolução do Pensamento Contábil

No século XV a Itália era praticamente o centro mercantil europeu. Em diversas cidades deste país o comercio fervilhava ardentemente, negociações de grande vulto eram realizadas entre os diversos comerciantes surgindo aí uma nova preocupação com os registros das operações. Os registros eram feitos através das partidas simples, um método vulnerável para as operações de vendas a prazo. Surge então a preocupação com a sistematização dos registros das operações.

Neste século XV, finalmente, é que veio surgir o registro das partidas dobradas, que tem em sua essência a idéia de que, para cada débito(s), haverá um crédito(s) correspondente. Este método ficou conhecido na época como método de Veneza Pacioli, apud,Schmidt (2000,p.36). Na verdade, ele foi um dos primeiros divulgadores pois, sua obra , La Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Porportionalitá, datada de 10 de novembro de 1494 trata de assuntos diversos, tais como aritmética, álgebra, geometria e comércio. O assunto Partidas Dobradas que na época era conhecido como Método de Veneza, é mencionado pelo autor da página 197 à 210 - Tratado XI De Computis et Scripturis, o qual afirma que neste capítulo, descreveu o melhor método para registro contábil.

Um dos primeiros manuscritos que tratam das partidas dobradas data de 1458 e o autor foi Benedetto Cotrugli. Sua obra não se disseminou pela Europa porque foi manuscrita, um processo demorado e principalmente caro, ao passo que a obra de Pacioli foi impressa em quantidade considerável e disseminada por todo o continente.

2.4 - Conceito de Contabilidade

A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a controlar seus patrimônios e tomarem decisões. Todas as movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através destes relatórios, analisam os resultados obtidos e tomam as decisões em relação aos fatos futuros. Segundo Gomes (2000,p.5), em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas não-relacionadas à Contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros; planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação, coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.

2.5 - A Prática da Contabilidade e seus Usuários

O enfoque deste texto é a Contabilidade Geral que pode ser aplicada a diversos ramos de atividade.

- Atividades Comerciais
- Contabilidade Comercial
- Atividades Industriais
- Contabilidade Industrial
- Atividades Públicas
- Contabilidade Pública
- Atividades Bancárias
- Contabilidade Bancária
- Atividades Hospitalares
- Contabilidade Hospitalar
- Atividades Agropecuárias
- Contabilidade Rural
- Atividades de Seguro
- Contabilidade Securitária, etc.

Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na Contabilidade as suas respostas. Evidentemente, os gerentes (administradores) não são os únicos que utilizam a Contabilidade. Os investidores, aqueles que aplicam dinheiro na empresa, estão interessados em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável; os fornecedores de mercadorias querem saber se a empresa tem condições de pagar sua dívidas; os bancos emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os cofre públicos; existem ainda outros interessados como os empregados, os concorrentes, os clientes, os analistas, etc.

2.6 - Conceito de Patrimônio

As vezes, quando paramos em frente a uma grande empresa e ficamos observando o tamanho dos prédios, os veículos que ela possui, o estoque de mercadorias e tudo mais, ficamos a imaginar que o patrimônio daquela empresa é muito grande, conseqüentemente, que ela também é muito rica. A mesma coisa acontece quando olhamos uma pessoa que tenha um Jeep Cherokee do ano, um Jet-ski , uma Moto Kawasaki 1000 cc do ano, um apartamento na Av. Vieira Souto no Rio de Janeiro, uma casa na praia de Búzios, etc, Também imaginaremos que esta pessoa tem um tremendo patrimônio é muito rica. Nossas conclusões podem estar certas ou completamente erradas.

Para a Contabilidade riqueza se mede de outra forma. Para se medir a riqueza de uma pessoa, seja ela física ou jurídica, necessário se faz que suas dívidas também sejam incluídas nesta avaliação toda. Então, aquela empresa que vimos, primeiramente, com veículos, estoques e prédios imponentes, de repente pode estar passando por dificuldades financeiras porque possui muitas dívidas, ou ainda o pior, poderá estar a um passo da falência. A mesma coisa pode acontecer com aquela pessoa que tem o Jeep Cherokee, a moto Kawasaki e tudo mais. Ela poderá estar endividada até o pescoço, devendo até a alma para bancos, agiotas, lojas, e outros credores. Para a Contabilidade, as dívidas também fazem parte do patrimônio.

O termo Patrimônio significa, a princípio, o conjunto de Bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se de valores a receber. Para a Contabilidade esses valores a receber são denominados de Direitos.

Relacionando-se apenas os Bens e os Direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou empresa. Faz-se necessário evidenciar as Obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos. Em Contabilidade a palavra Patrimônio tem sentido amplo: de uma lado temos o conjunto de Bens e Direitos de uma pessoa ou empresa e de outro lado as Obrigações a serem pagas.

2.7 - Representação do Patrimônio de uma Empresa

BENS
OBRIGAÇÕES

DIREITOS

2.8 - Conceituando Bens, Direitos e Obrigações

Entende-se por Bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades humanas. Se eles têm forma física, são palpáveis, denominam- se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoque de mercadoria, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc. Os bens incorpóreos, não palpáveis, são denominados de bens intangíveis: marcas, patentes de invenção, ponto comercial, etc.

Em Contabilidade entende-se por Direitos o poder de exigir alguma coisa de alguém. São denominados de valores a receber, títulos a receber, contas a receber, etc. No que tange a empresa, o direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, quando a empresa vendedora emite uma duplicata como documento comprobatório da transação. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. Como exemplos de outros direitos podemos destacar alugueis a receber, promissórias a receber, impostos a recuperar, etc.

Obrigações são dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis, compromissos que deverão ser pagos nas datas de vencimento. Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo. Nesta operação a empresa compradora fica devendo ao fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como fornecedores, que também poderá ser chamada de duplicatas a pagar.

Outras obrigações exigíveis são com o governo; impostos a recolher -- com as financeiras; financiamentos a pagar -- com o INSS e FGTS; encargos sociais a recolher ? com o locador do prédio; aluguéis a pagar.

QUADRO 01 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES

BENS

Dinheiro
Estoques de Mercadorias
Veículos
Imóveis
Máquinas
Ferramentas
Móveis e Utensílios
Marcas e Patentes
Obras de Arte

DIREITOS

Depósitos Bancários
Duplicatas a Receber
Títulos a Receber
Aluguéis a Receber
Impostos a Recuperar
Investimentos Bancários

Empréstimos
Fornecedores
Financiamentos a pagar
Impostos a Recolher
Encargos Sociais a Recolher
Aluguéis a Pagar
Títulos a pagar
Promissórias a Pagar
Contas a Pagar

Nesta representação, coloca-se no lado esquerdo os Bens e Direitos e no lado direito as Obrigações. Isso ocorre por mera convenção. Na Inglaterra colocam-se primeiramente as obrigações e depois os bens e os direitos.

2.9 - Patrimônio Líquido = Situação Líquida

Para se conhecer a riqueza líquida da pessoa ou de uma empresa, precisamos somar os Bens com os Direitos e desse total, subtraem-se as Obrigações. O resultado obtido será a riqueza líquida. Em alguns casos o somatório dos Bens mais os Direitos superam o valor das Obrigações. Nestes casos o Patrimônio Líquido destas empresas é positivo, ou seja, a verdadeira riqueza. Noutros, porém, quando as Obrigações superam os Bens e Direitos, o Patrimônio Líquido será negativo, não havendo riqueza.

Exemplo da Empresa Fictícia

BENS R$ 100.000,00
DIREITOS R$ 50.000,00
OBRIGAÇÕES R$ 90.000,00

Análise: Patrimônio Líquido = ( Bens Direitos ) - Obrigações
Patrimônio Líquido = (100.000,00 50.000,00) - 90.000,00
Patrimônio Líquido = R$ 60.000,00 positivo

ANÁLISE: Neste caso significa que a empresa demonstra ter lastro para honrar seus compromissos e ainda resta uma quantia positiva de R$ 60.000,00. É uma situação confortável.

2.10 - Fazendo Demonstrações Financeiras

As Demonstrações Financeiras previstas na Lei 6404/76 são as seguintes:

- Balanço Patrimonial
- Demonstração do Resultado do Exercício
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

O Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado do Exercício e a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados devem ser transcritos no livro diário.

Em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, as empresas poderão elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, para efeito de publicação.

As sociedades anônimas de capital aberto (aquelas que negociam suas ações nas bolsas de valores) são obrigadas a publicar nos jornais de maior circulação, anualmente, os seus resultados. Assim, as demonstrações de cada exercício devem ser publicadas com indicação dos valores correspondentes às demonstrações do exercício anterior.

As demonstrações financeiras deverão ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos, sendo necessárias ao bom esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

2.11 - Fazendo o Balanço Patrimonial

É a demonstração destinada a evidenciar, resumidamente, o patrimônio da entidade, quantitativa e qualitativamente. É a demonstração que relata os Bens e Direitos (ATIVO), e as Obrigações (PASSIVO) e a participação dos sócios (PATRIMONIO LÍQUIDO). Ela revela a posição patrimonial e financeira da empresa.

QUADRO 02 ? BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
ATIVO PERMANENTE RESULT. EXERC. FUTUROS
    INVESTIMENTOS  
    IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
    DIFERIDO  
TOTAL TOTAL

No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

2.12 - Ativo

As contas do Ativo serão classificadas por ordem decrescente de liquidez.

2.13 - Ativo Circulante

São classificados neste grupo os Bens e Direitos que se realizarão no exercício social seguinte. Fazem parte deste grupo, os subgrupos abaixo discriminados:

DISPONÍVEL
      Caixa
      Bancos Conta Corrente
      Aplicações Financeiras de Curto Prazo

DUPLICATAS A RECEBER (clientes)
      Cliente ?A?
      Cliente ?B?
      Cliente ?C?
      (-) Duplicatas Descontadas
      (-) Provisão para Devedores Duvidosos

ESTOQUES
      Produtos Acabados
      Produtos em Processo
      Matéria Prima

OUTRAS CONTAS A RECEBER
      Adiantamento a Empregados
      Impostos a Recuperar
      Depósitos Compulsórios
      Outras Contas de Curto Prazo

2.14 - Direitos e Obrigações Realizáveis a Longo Prazo

São classificadas neste grupo os Bens e Direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte derivados de vendas, prestação de serviços, aplicações financeiras e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas, diretores, acionistas, que não constituírem negócio usuais na exploração do objeto da empresa.

EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS
      Empresa " A "
      Empresa " B "
      Empresa " C "

DUPLICATAS A RECEBER de LONGO PRAZO(clientes )
      Cliente " A "
      Cliente " B "
      Cliente " C "

APLICAÇÕES FINANCEIRAS de LONGO PRAZO
      Instituição " A "
      Instituição " B "
      Instituição " C "

OUTRAS CONTAS COM CARACTERISTICAS DE LONGO PRAZO

2.15 - Ativo Permanente

Como o próprio nome diz, os itens que integram este grupo têm características permanentes (fixas, de não-giro), mas nada impede que a administração venda-os para oxigenas o capital de giro da empresa na falta do mesmo.

INVESTIMENTOS
      Participações Societárias
      Obras de Arte
      Imóveis para Aluguel

IMOBILIZADO (destinados à manutenção das atividades da empresa)
      Máquinas
      Equipamentos
      Prédios
      Ferramentas
      Móveis e Utensílios
      Veículos
      Marcas e Patentes
      Direitos sobre Recursos Naturais
      Florestamento e Reflorestamento
      ( - ) Depreciação Acumulada
      ( - ) Amortização Acumulada
      ( - ) Exaustão Acumulada

DIFERIDO (gastos que contribuirão para a formação de mais de um exercício social)
      Gastos Pré-operacionais
      Gastos com Pesquisas
      Gastos com Reorganização
      ( - ) Amortização Acumulada

2.16 - Passivo

As contas do passivo estão classificadas por ordem decrescente de exigibilidade.

2.17 - Passivo Circulante

São classificadas nesse grupo as Obrigações que irão vencer no exercício social seguinte.

FORNECEDORES
      Fornecedor " A "
      Fornecedor " B "
      Fornecedor " C "

EMPRÉSTIMOS
      Instituição " A "
      Instituição " B "
      Instituição " C "

IMPOSTOS A RECOLHER
      Imposto de Renda PJ
      Imposto de Renda PF
      ICMS a Recolher
      IPI a Recolher
      PIS a Recolher
      COFINS a Recolher

ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER
      INSS a Recolher
      FGTS a Recolher

DUPLICATAS A PAGAR
      Empresa " A "
      Empresa " B "
      Empresa " C"

2.18 - Exigível a Longo Prazo

São classificadas neste grupo as obrigações que irão vencer após o exercício social seguinte.

FORNECEDORES de LONGO PRAZO
      Fornecedor " A "
      Fornecedor " B "
      Fornecedor " C "

DUPLICATAS A PAGAR de LONGO PRAZO
      Empresa " A "
      Empresa " B "
      Empresa " C"

EMPRÉSTIMOS de LONGO PRAZO
      Instituição " A "
      Instituição " B "
      Instituição " C "

2.19 - Resultados de Exercícios Futuros

São classificadas neste grupo as contas de receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas decorrentes. Não devem ser incluídas as operações como Faturamento Antecipado, Adiantamento Recebido de Cliente e Juros Ativos a serem Ganhos.

ALUGUEL RECEBIDO ANTECIPADAMENTE
      Empresa " A "
      Empresa " B "
      ( - ) Custo e Despesas correspondentes às Receitas

2.20 - Patrimônio Líquido

No Balanço Patrimonial, a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo e Resultados de Exercícios Futuros, representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil que pertence aos acionistas ou sócios.

CAPITAL SOCIAL
      Sócio " A "
      Sócio " B "
      Sócio " C "

RESERVAS DE CAPITAL
      CM do Capital Realizado
      Ágio na Emissão de Ações
      Doações

RESERVAS DE REAVALIAÇÕES

RESERVAS DE LUCROS
      Reservas de Legal
      Reservas de Lucros para Expansão
      Reservas de Lucros a Realizar

LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

2.21 - Demonstração do Resultado do Exercício ( D R E )

É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. Através dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente igual a um ano.

A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresa que não requeiram, dados pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, farmácias, mercearias, boutiques, etc.

A DRE completa, exigida pela Lei 6404/76, fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucros, destaque dos tributos, etc.

QUADRO 03 ? DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

D R E (COMPLETA) LEI 6404 / 76

RECEITA BRUTA
 ( - ) DEDUÇÕES
= RECEITA LÍQUIDA 
 ( - ) CUSTOS  
= LUCRO BRUTO OPERACIONAL
 ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
= LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL
 () RESULTADO NÃO OPERADIONAL
RESULTADO ANTES DA CSLL E IRPJ
 ( - ) CSLL E IRPJ
= RESULTADO APÓS CSLL E IRPJ
 ( - ) PARTICIPAÇÕES
= LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

2.22 - Receita Bruta

É o total bruto de vendas mais prestação de serviços realizadas no período. Nela, Receita Bruta, estão inclusos os impostos e contribuições sobre vendas, os quais pertencem ao governo, as devoluções que são as vendas canceladas e que ainda não foram subtraídas e os abatimentos ocorridos no período, que deverão ser diminuídos também.

2.23 - Deduções

Conforme dito anteriormente, estes impostos e contribuições pertencem aos governos, União, Estado ou Município, e foram gerados no momento da operação, variando proporcionalmente à venda ou prestação de serviços. Quanto maior for a venda ou prestação de serviços, maior será o imposto. Na verdade, estes tributos não pertencem à empresa, mas aos governos. A empresa é uma mera intermediária que arrecada impostos junto ao consumidor e recolhe aos cofres público. Por isso, não devem ser considerados como receita real da empresa.

Exemplos:

ICMS ( pertence ao Estado e a alíquota varia de acordo com a mercadoria )
ISS ( pertence ao Município e as alíquotas são de 6% para diversão pública e 5% para os demais serviços )
PIS ( pertence à União e as alíquotas são de 0,65% PIS-Cumulativo e de 1,65 % PIS/Não-Cumulativo)
COFINS ( pertence à União e a alíquota é de 3 %)

Exemplo de uma NF comércio, com incidência do PIS não-cumulativo:

Preço do produto:

 R$ 10.000,00

IPI (30%):  

    R$ 3.000,00

Preço Total 

R$ 13.000,00

ICMS incidente (17%)

Demonstração de Resultado da Empresa

Receita Bruta

 R$ 13.000,00

(-) Deduções IPI

R$ 3.000,00

ICMS

R$ 2.210,00

COFINS

R$ 390,00

PIS

     R$ 214,50

Receita Líquida

R$ 7.185,50

A inclusão ou não do IPI na DRE dependerá de quem estiver elaborando a DRE. Como ele é um Imposto cobrado por fora, sua inclusão fica a critério de quem a elaborar. Caso não fosse incluído na DRE em análise, o valor da Receita Bruta teria que ser de R$ 10.000,00, com o IPI já diminuído.

No que diz respeito às Devoluções de Vendas , que é o mesmo que vendas canceladas, são mercadorias que estão em desacordo com o pedido e que o comprador devolve parcial ou totalmente a mercadoria. pode acontecer de , a empresa vendedora, a fim de evitar a devolução das mercadorias, esta propõe um Abatimento Concedido, no preço para compensar a perda do comprador. Tanto a Devolução de Vendas como os Abatimentos Concedidos, aparecem como dedução da Receita Bruta na DRE.

Portanto, as Devoluções de Vendas e os Abatimentos Concedidos são ajustes e não despesas.

2.24 - Lucro Bruto Operacional

É a diferença entra a Receita Líquida (Receita Bruta menos as Deduções) menos os Custos das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços Prestados, sem considerar as despesas operacionais. Necessário se faz um breve entendimento sobre a diferença entre Custos e Despesas. Os Custos são gastos variáveis, as Despesas são gastos fixos. Os Custos variam de acordo com as vendas e as Despesas não. Quanto maior for a venda, maior será o Custo da mercadoria vendida. Ele tem crescimento proporcional. Vamos imaginar uma empresa que vende uma cadeira por R$ 100,00 e que lhe custou R$ 60,00. Se ela vender somente uma cadeira, o Custo será, evidentemente, R$ 60,00, de apenas uma cadeira. Mas se ela vendesse 10 cadeiras, teria uma venda de R$ 1.000,00, mas o Custo também subiria para R$ 600,00. Por isso que é um gasto variável. As Despesas são gastos fixos porque não dependem das vendas para aumentarem ou diminuírem. Seguindo o exemplo anterior, imaginemos que a empresa tenha um gasto com a folha de pagamento da ordem de R$ 3.000,00. Tanto faz a empresa vender ou não vender, este desembolso ela terá de arcar todo o mês. Por isso que as Despesas são gastos fixos, não variam com as vendas.

Os Custos podem ser :

- Para empresas industriais: Custo do Produto Vendido
- Para empresas comerciais: Custo da Mercadoria Vendida.
- Para empresas prestadoras de serviços: Custo do Serviço Prestado.

2.25 - Despesas Operacionais

De acordo com a teoria da contabilidade, despesas são gastos necessários para a empresa e que têm função de gerar receita. Em outras palavras, são gastos necessários para vender produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Estes gastos contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.

Os principais grupos podem ser:

- Despesas com Vendas : são todos aqueles gastos que estão relacionado às vendas. Comissões sobre venda, propaganda e publicidade, marketing, hotéis, aluguéis de veículos, provisão para devedores duvidosos, etc.
- Despesas Administrativas : são os gastos necessários para se administrar e empresa. Folha de pagamento do pessoal administrativo, aluguéis de salas, material de expediente, seguros, combustíveis, manutenção de veículos, assinatura de jornais, depreciação, etc.
- Despesas Financeiras : são as remunerações aos capitais de terceiros, tais como juros pagos, comissões bancárias, correção monetária pré-fixada, descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras devem ser compensadas com as Receitas Financeiras, isto é, estas receitas serão deduzidas daquelas despesas. As receitas financeiras são derivadas de aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos, etc. Se o montante da Receita Financeira for maior que a Despesa Financeira, a Receita Financeira será deduzida das Despesas Operacionais.

QUADRO 04 ? Exemplo de Despesas Financeiras

Desp. Financeira > Rec. Financeira

Desp. Financeira < Rec. Financeira

Desp. Financeiras

R$ 2.800,00

Rec. Financeiras

    R$ 800,00

Dif. Desp Financeira

R$ 2.000,00

Desp. Financeiras

R$ 2.800,00

Rec. Financeiras

R$ 3.900,00

Dif. Rec. Financeira

R$ 1.100,00

Despesas Operacionais

Despesas Operacionais
De Vendas

R$ 3.000,00

Administrativas

R$ 4.000,00

Financeiras

R$ 2.000,00

Total

R$ 9.000,00

De Vendas

R$ 3.000,00  

Administrativas

R$ 4.000,00  

Financeiras

( R$ 1.100,00 )

Total

R$ 5.900,00  

Convém lembrar que dentro do grupo DESPESAS OPERACIONAIS existe ainda o subgrupo das Outras Receitas e Despesas Operacionais , que são consideradas como atividades acessórias do objeto da empresa. Dentro deste subgrupo classificam-se os lucros ou prejuízos de participações societárias (resultado da equivalência patrimonial, dividendos, deságio de investimento ) e as vendas diversas ( vendas esporádicas de sucatas, sobras do estoque, etc )

2.26 - Lucro antes da CSLL e IRPJ

Do Lucro Bruto Operacional, deduz-se as Despesas Operacionais e obtem-se o Lucro ou Prejuízo Operacional . Deste, serão deduzidos ou acrescentados os Resultados não-Operacionais que são os resultados obtidos pela empresa que não tem nada a ver com o objeto da empresa, tais como os ganhos ou perdas de capital ( quando da alienação de algum bem do imobilizado ou participação em outras sociedades ) e o resultado da correção monetária.

2.27 - Resultado após a CSLL e IRPJ

Depois de calculados os tributos federais e deduzidos do Lucro Antes da CSLL e IRPJ, obtem-se um resultado que, novamente, sofrerá uma nova dedução que é a das participações nos lucros ( debêntures, empregados, administradores, partes beneficiárias e fundos de assistência ) para , por fim, chegarmos ao LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO.

2.28 - Análise das Demonstrações Financeiras

Constitui-se num processo que objetiva a avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros, através de índices que são calculados a partir das próprias demonstrações. Através destes índices, os sócios, administradores, empregados, fornecedores, bancos, e outras interessadas, poderão tomar ciência da situação da empresa e tomarem decisões. 

Freqüentemente, escrevem-se livros que mais têm confundido do que elucidado o leitor, afogando-o em centenas de índices sem uma idéia de relevância e, principalmente, sem relacionar entre si todos os quocientes principais. É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compara-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes.

Para que se possa ter uma noção do que realmente está acontecendo com a empresa que está em análise, é preciso pegar os índices referentes às suas demonstrações e fazer uma comparabilidade com outros índices:

- Comparação com períodos passados;

- Comparação com períodos orçados;

- Comparação com padrões setoriais;

- Comparação com padrões internacionais;

- Comparação com padrões internos da empresa;

- Comparação com empresas concorrentes, etc.

As principais análises são a Vertical, Horizontal e Análise por Quocientes. A ANÁLISE VERTICAL tem a função de nos mostrar a participação estrutural de um determinado item, em um determinado grupo. A ANÁLISE HORIZONTAL tem a função de mostrar o desempenho temporal de um determinado item e a ANÁLISE POR QUOCIENTES tem a função de dissecar as demonstrações fornecendo índices que vão espelhar a saúde financeira da empresa. Abaixo destacaremos alguns índices que são usados para se fazer a análise das demonstrações. 

2.29 - Índices de Liquidez

Esses índices servem para avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer compromissos de pagamentos com terceiros. 

a) Índice de Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante < /P >

Este índice identifica o quanto a empresa dispõe, imediatamente, para honrar suas dívidas de curto prazo.

Exemplo: R$ 10.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 0,50

Neste exemplo a empresa dispõe imediatamente de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para cada R$ 1,00 (Hum Real) que deve no curto prazo.

b) Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Este índice identifica o quanto a empresa dispõe de recursos no curto prazo, para honrar suas dívidas, também, de curto prazo.

Exemplo: R$ 30.000,00 / R$ 20.000,00 = R$ 1,50 

Considerando as disponibilidades que a empresa dispõe, mais os estoques, duplicatas a receber e outros valores a receber de terceiros, a empresa dispõe de R$ 1,50 (Hum Real e Cinqüenta Centavos) para honrar seus compromissos de curto prazo. O ideal é que este índice fique acima de R$ 1,00 (Hum Real) pois, significará sobra.

c) Índice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

Eliminando-se os estoques, elimina-se uma incerteza no que diz respeito à conversão do estoque em recursos monetários. Este índice nos mostra que se eliminarmos os estoques, quanto a empresa disporá para honrar suas dívidas de curto prazo.

Exemplo: (R$ 30.000,00 ? R$ 20.000,00) / R$ 20.000,00 = R$ 0,50 

Com a eliminação dos estoques, que é uma incerteza, a empresa disporá de R$ 0,50 (Cinqüenta Centavos de Real) para honrar suas dívidas de curto prazo.

d) Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante Exigível a longo Prazo)

Este índice faz um comparativo do que a empresa dispõe, no curto e longo prazos, contra suas dívidas, igualmente de curto e longo prazos.

Exemplo: (R$ 30.000,00 R$ 50.000,00) / (R$ 20.000,00 R$ 20.000,00) = R$ 2,00 

Neste caso a empresa dispõe de R$ 2,00 (Dois Reais) no curto e longo prazos, para Real que deve no curto e longo prazos.

2.30 ? Índice de Endividamento

a) Endividamento Total = (Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo) / Ativo total

Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros.

Exemplo: (R$ 20.000,00 R$ 20.000,00) / R$ 100.000,00 = 0,40 ou 40% 

Significa que 40% dos ativos da empresa são financiados por terceiros. O ideal é que este percentual seja baixo e bem administrado pela direção da empresa.

2.31 - Índices de Rentabilidade

Estes índices servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa.

a) Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido

Este índice quer mostrar o quanto representa o lucro líquido obtido através das operações que a empresa realizou no exercício, em comparação ao investimento feito na empresa.

Rentabilidade do Capital Próprio = R$ 25.000,00 / R$ 50.000,00 = 50% 

Significa que o retorno do capital investido na empresa foi de 50%.

b) Rentabilidade do Ativo Total = Lucro Líquido / Ativo Total

Este índice faz um comparativo do resultado obtido pela empresa, o lucro, através de suas operações, com os ativos que estão disponíveis à administração para conseguir tal êxito.

Rentabilidade do Ativo Total = R$ 25.000,00 / R$ 100.000,00 = 25% 

Significa que o lucro representou 25% dos ativos totais disponíveis.

2.32 - Etapas para Realização da Análise de Balanço

As etapas a seguir devem ser seguidas na realização da análise de balanços.

Primeira etapa - EXAME E PADRONIZAÇÃO

Esta etapa consiste em verificar se as Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei 6404 / 76, com a observância na composição de cada grupo de contas e de cada conta que compõe o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

Segunda etapa - COLETA DOS DADOS

Esta etapa consiste na extração de dados das Demonstrações Financeiras. Esses dados serão utilizados para cálculos dos quocientes para a análise da situação econômico-financeira da empresa.

Terceira etapa - CÁLCULO DOS INDICADORES

Elaboração de um quadro com todos os quocientes calculados. Isso facilitará a analise dos mesmos.

Quarta etapa - INTERPRETAÇÃO DOS QUOCIENTES

Neste momento o analista interpretará os quocientes, um a um. Num primeiro momento, serão analisados os Quocientes Financeiros para após, serem analisados os quocientes econômicos.

Quocientes Financeiros ( Participação dos Capitais de Terceiros / Capitais de Terceiros s/ Recursos Próprios / Índice de Liquidez Geral / Índice de Liquidez Corrente / Índice de Liquidez Seca / Índice de Liquidez Imediata )

Quocientes Econômicos ( Margem Líquida / Rentabilidade do Ativo / Rentabilidade do Patrimônio Líquido )

Quinta etapa - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

É a análise realizada na Demonstração do Resultado do Exercício. Para cada grupo de contas, o analista deverá realizar o calculo vertical e o horizontal, observando os desempenhos e, a partir daí, começar a tecer comentários.

 Sexta etapa - COMPARAÇÃO COM INDICES PADRÕES

Nesta etapa do processo de análise, o analista deve comparar os quocientes encontrados com os Quocientes-padrão. Uma das preocupações do analista nesta fase do processo de análise é como encontrar o Quocientes-padrão. Ultimamente, a revista Exame publica a revista ? Maiores e Melhores ? com tiragem anual. Neste anuário são publicados os índices por tipo de atividade, facilitando então, o trabalho do analista. É lógico que estes índices são nacionais, diferentes das realidades locais. Mas independente deste fator, esta publicação é uma bela ferramenta para o analista.

Sétima etapa - ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Neste momento, após analise minuciosa dos quocientes, o analista deverá elaborar um relatório.

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